Coisas que fazem pensar I
Quando li a notícia, ecoava-me aquela frase da Turma da Mónica "minino não entra", que adaptei à situação dos óscares. Preto não entra... Está bem, entra. Mas só às vezes.
A indignação está online. E não se cala.
#OscarsSoWhite
À falta de melhor, Chris Rock estará no palco, a apresentar o evento. Com ou sem diversidade racial, Hollywood não deixa de ser uma fábrica de sonhos. Sonhos mais brancos do que negros. Na verdade, mais caucasianos e ocidentais do que orientais. Chineses. Indianos. Africanos (e não afro-americanos). Índios?
Tenho dúvidas em relação a este movimento. Mas não tenho qualquer dúvida em relação à predominância do branco nas diversas indústrias criativas, nas quais se inclui o cinema. Se dominam áreas específicas das artes performativas e estilos musicais, o mesmo não se poderá dizer de outras áreas criativas, dominadas por brancos, ainda que o público seja, hoje, uma concreta mistura de raças. As razões perdem-se na história, da mesma forma que Hollywood também é um exemplo de discriminação de género, entre outras discriminações de que não se fala. Não se premeia em função do tom de pele mas o jogo estará, à partida, viciado, se os que podem ser nomeados são mais de uma cor (ou género) do que outra, não?
